Bullying
O que chamamos de bullying são as “atitudes agressivas, intencionais e repetidas, sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, numa relação assimétrica de poder que gera intimidação”.
Não há escola sem bullying, ele é conhecido há séculos e provavelmente sempre existirá. O que mudou há alguns anos foi a compreensão de que os envolvidos, tanto alvos quanto autores, tem um risco maior de desenvolver problemas de saúde mental e problemas sociais ao longo da vida, indicando a necessidade de identificar o problema e agir precocemente, a tempo de evitar ou minimizar suas consequências.
Sinais suspeitos de bullying:
→ O estudante está constantemente isolado dos demais em sala de aula;
→ A situação de isolamento é maior durante o recreio;
→ Nas atividades em grupo, o estudante é sempre o último a ser escolhido;
→ O estudante é alvo de apelidos pejorativos, caçoadas, implicâncias constantes devido a aspectos físicos, psicológicos, sociais ou cognitivos;
→ O estudante apresenta sinais de tristeza, ansiedade, irritabilidade ou agressividade;
→ Em curto espaço de tempo (1 a 3 meses) ocorreu uma súbita queda do rendimento escolar;
→ Desinteresse repentino pelos estudos, tanto nas aulas como em todas as atividades relacionadas à escola;
→ Faltas às aulas recorrentes, sem justificativas adequadas ou convincentes;
→ Ferimentos, arranhões ou hematomas;
→ Material escolar frequentemente danificado;
→ Intimidação, perseguição ou maus-tratos por parte de um colega ou grupo específico;
→ Face ou expressão corporal de medo, angústia ou algum tipo de resposta que não possa verbalizar ou explicitar.
AÇÕES CONTRA O BULLYING
Prevenindo o bullying na escola:
✔ Discutir o assunto com professores, funcionários e pais/responsáveis
✔ Inserir o tema na grade curricular de forma transversal e permanente; promover dramatizações orientadas, estimulando a avaliação crítica e o altruísmo através de “inversão de papéis” ou “videofeedback” (assistir a própria dramatização e criticar)
✔ Manter funcionários nos espaços e momentos recreativos para observar sinais indiretos de bullying
✔ Criar e manter Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e violências nas Escolas (CIPAVE)
Ações corretivas na escola:
✔ Conscientizar os autores sobre a incorreção dos seus atos e a não aceitação por todos
✔ Evitar ações puramente punitivas para os autores, o que acabará por marginalizá-los, impetindo-os de adquirir habilidades positivas e comportamentos saudáveis
✔ Fazer dramatizações centradas da formação de grupos de apoio, incentivando os alunos a participar ativamente da intervenção e a atuar como testemunhas para demonstrar que não apoiam os atos cometidos
✔ Atentar para casos de preconceito de raça, pobreza, orientação sexual, religião, deficiência… pois essas situações podem incluir ou evoluir para bullying
✔ Buscar parcerias com outras instituições (saúde, assistência social, Conselho Tutelar…) para troca de experiências e fortalecimento de ações
Ações na família do estudante-alvo:
✔ Observar sinais frequentes de traumatismos, roupas rasgadas, pânico na hora de ir para a escola, sono agitado, alterações repentinas no humor, desculpas para não ir à escola, comportamento agressivo, tendência ao isolamento ou busca de novas amizades fora da escola
✔ Destacar as posturas de afeto, confiança e acolhimento nas relações entre pais e filhos
✔ Conversar rotineiramente sobre o cotidiano da escola, ajudando na adaptação à escola e reforçando a autoestima
✔ Se ocorreu bullying, não atribuir a culpa ao filho, nem minimizar o problema, dizendo que tudo não passa de brincadeira
✔ Interagir com outras famílias e com a escola para discutir o tema e trocar experiências
✔ Orientar o filho não ficar sozinho em locais dentro e fora da escola onde possa ser alvo de agressões, procurar andar em grupo e buscar novas amizades, e contar para um adulto sempre que se sentir alvo de bullying ou quando o presenciar.
Ações na família do estudante-autor:
✔ Não ignorar a situação, ter calma, ouvir e procurar ajudar o filho
✔ Buscar respostas sobre motivos da agressão, demonstrando que não aprovam o comportamento adotado para resolver os problemas
✔ Incentivar o filho a falar sobre seus problemas e frustrações, buscando soluções positivas
✔ Não usar violência
✔ Conhecer a influência negativa de amigos, com o cuidado de não transferir a culpa e isentar seu filho de responsabilidades
✔ Canalizar a conduta agressiva para algum esporte de competição
✔ Conversar com o Pediatra e com os Professores sobre o comportamento do filho, buscando soluções conjuntas para resolver o problema.
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